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terça-feira, 14 de agosto de 2012

A escola

Não estou feliz com a escola em que coloquei a Amelie - e pelo visto, ela também não. Ainda chora para vestir o uniforme e gruda na minha perna ao chegarmos no colégio. E eu, saio sempre com o coração em mil pedaços, pensando no que posso fazer para deixar o dia dela mais leve e divertido.

Além de tudo, ela perdeu peso e voltou a ficar doente com frequência. O alerta vermelho soou forte aqui dentro do peito e eu decidi que não quero mais minha pequena ali.

Quando eu voltei a trabalhar, a escola da escola foi muito mais por comodidade minha, confesso. É do lado da minha casa e eu tinha boas referências. Quando a coordenadora me apresentou a proposta pedagógica, me apaixonei. Sentia que seria uma coisa meio Cid, o Cientista (desenho que me encanta profundamente). Mas com o passar do tempo, percebi que não era assim tão legal.

Muitas coisas têm me incomodado: comecei a perceber o quão presos eles ficam. As salas são escuras, com móveis escuros e que sempre me dá a impressão de sujeira. Acho que tem mais crianças por professora do que o ideal. Percebi que eles têm muitas atividades em frente a televisão. Opa! Peraí. Eu realmente não pago uma pequena fortuna para deixarem minha filha passar a tarde vendo Patati Patatá (Dvd que, inclusive, nem temos em casa). 

Outro dia ela chegou falando palavrão. Estava brincando com o pai e soltou um sonoro PUTAQUEOPARIU. Eu fiquei bege. Palavrões são proibidos em casa e, quando percebemos que falamos algo, nos repreendemos. Mas isso tem sido muito raro. Enfim, fui questionar a escola, contar o ocorrido e a resposta, de bate-pronto, foi:

- Ela deve ter ouvido isso na rua.

Foi aí que a escola entalou na garganta e eu fiquei muito mais intolerante com muitas coisinhas.

Hoje já fui visitar uma nova escola, que está dentro dos meus padrões financeiros. Porque eu sei de colégios maravilhosos - mas que custam uma grande fortuna (sério, vi um colégio que custava R$ 2,2 mil!!!!!!)

 Mas agora estou receosa com a escolha. As apresentações sempre são lindas, mas como saber se aquela instituição vai satisfazer meus anseios e acalmar a ansiedade da minha pequena?

Preciso de ajuda nessa. Alguém aí?

2 comentários:

  1. Zi, que bom que você voltou a escrever!

    Sobre suas inquietações e indagações, eu lamento não ter muito como contribuir, exceto pelas minhas próprias experiências.

    Como vc sabe, o Theo vai para a escolinha desde os 8 meses (ele é de 25/05, acho que seis dias mais velho que a Amélie, não é isso?). Sempre ficou em período integral, das 8h às 18h30, até três meses atrás, quando, por conta do outono, minha esposa decidiu que ele deveria sair da escolinha por volta das 14h30/15h.

    Mas o que eu queria dizer é que, apesar de alguns descontentamentos com a escolinha (afinal, nada neste mundo dos homens é perfeito!), as variáveis que consideramos fundamentais para que o Theo continue na escolinha permanecem lá: o local é 100% seguro, é extremamente limpo e higiênico, não existe uma "taxa aluno/berçarista" desfavorável, e é bastante próximo de nossa casa/trabalho. Se pelo menos uma dessas variáveis deixasse de existir, imediatamente o tiraríamos de lá.

    Mas, mesmo assim, há sempre espaço para descontentamento, porque, exigente que sou, quero sempre o melhor para ele. Eu, por exemplo, odeio aquelas festinhas de final de ano, com apresentações e hino nacional, que algumas escolas como a do Theo insistem em fazer para 'mostrar aos pais como seu filhinho está crescendo'. Não gosto porque sei que a partir de setembro/outubro, meu filhinho vai ter o desprazer de ter que ficar decorando musiquinhas para apresentar para a vovó no final do ano. O evento em si é medonho e não serve mais do que para a promoção da escola, mas, como eu disse anteriormente, isso não é variável fundamental, e, portanto, sobreviveremos.

    Gostaria que minha esposa estivesse escrevendo aqui no meu lugar, porque a opinião de uma mãe é sempre mais 'levável' em conta que a de um pai. Digo isso porque, se, a despeito de todas aquelas variáveis que consideramos 'fundamentais', minha esposa tivesse um 'feeling' de que aquela escola não era a ideal, nem com todas as perfeições do mundo nós o deixaríamos lá. Em suma, o que vale, antes de tudo, tudo, tudo, é o 'feeling' da mamãe.

    No mais, Zi, continue fazendo uma busca criteriosa e jamais abra mão daquilo que vc considera fundamental, desde que seu coração também concorde...

    Beijos,
    Gui

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  2. Isis, se vc e a Amelie não estão satisfeitas, procure outra mesmo.
    Cada um sabe das suas prioridades pra escolher a escola, e é bem verdade que escola perfeita não existe. Veja bem com seu marido quais são as prioridades de vocês, e comecem a procurar.
    Eu, particularmente, procuro algo que seja parecido com o que ofereço em casa, em termos de ideologia, senão acho que fica muito confuso pra criança.
    Uma boa forma de ir além das apresentações das coordenadoras (que são sempre lindas, é verdade), de fazer uma ou mais visitas com calma, e se possível sem agendar. Preste atenção nas crianças: estão bem, felizes, com cara de satisfeitas? A escola é limpa e os funcionários atenciosos? (se não forem com vc, não serão com sua filha). Pra mim é a melhor medida!
    Beijos e boa sorte!

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